4 de agosto de 2024

Buenos Aires parte 1

     Eu meio que saí do Brasil


    Pois é, ir pra Argentina no dia da final da Copa América não estava nos meus planos pra esse ano, mas depois de uma combinação de circunstâncias improváveis meio que aconteceu, e até que foi legal.

    Esse post vai servir como um registro síncrono com um Video Log que era pra sair junto com essa postagem, mas eu estou no processo de reaprender a editar vídeo então vai ficar pra depois, quando sair eu edito esse post e coloco o link, juro.


    Bem, vamos por partes;


    Inventamos a ideia de ir pro aeroporto via CPTM, pra testar a nova linha 13 que leva diretamente pra Guarulhos, pra isso precisávamos ir da estação Mogi das Cruzes até a Luz, e da Luz até o aeroporto, e, sinceramente, foi mais tranquilo do que eu pensei que seria. A linha 11 normalmente é tenebrosa, mas pelo horário fomos daqui até a Luz sem grandes problemas (sem grandes problemas na linha 11 equivale a um trem atrasado, um sentido da linha fora de atividade por estar em obras e uma troca de trens em Suzano. :P ...)

    Da luz até o aeroporto fomos sem problemas, dessa vez de verdade, essa linha passa de 1 em 1 hora no lugar dos 8 em 8 minutos das linhas comuns pela demanda menor, e ele praticamente não tem paradas, só uma em Guarulhos e depois vai direto pra estação terminal. É meio bizarro passar voando pela Ayrton Senna.


    O problema do aeroporto de Guarulhos é que com o tempo ele foi sofrendo mitose até virar um conglomerado de três aeroportos diferentes chamados de terminal 1, 2 e 3, então dessa estação ainda precisamos pegar um ônibus até nosso terminal. Foi o primeiro ônibus pontual que eu peguei na vida.


    Shenanigans de aeroporto de lado, entramos no voo, voo esse que pertencia a Flybondi, uma agência que se autodenomina "ULTRA LOW COST", e mano, eles fizeram jus ao título. Dos poucos voos que eu fiz esse definitivamente foi o mais desconfortável de todos, assentos duros, apertados, em geral um negócio bem claustrofóbico mesmo, foram 3 horas de dor nas costas em plena madrugada pra chegar as 4 e pouco da manhã num país estrangeiro, eu não tenho esse gás de viajante que o resto da minha família tem, eu queria estar em casa......



    3 Horas de voo excruciante depois, desembarcamos no aeroporto de Ezeiza (EZE), temperatura: -1ºC.

 

    puta que pariu que frio do caralho que tava quando eu desembarquei daquele voo, acontece que o nosso primeiro dia na argentina seria também o mais frio. Seria a única vez que os termômetros atingiram negativo e coincidentemente caíram no dia em que nós estávamos mais despreparados, foi a primeira vez que eu senti temperaturas negativas na vida, e por mais que eu goste do frio eu espero estar mais bem agasalhado da próxima vez que isso acontecer

 

     Depois de passar algumas horas se recuperando mentalmente e fisicamente no McDonalds do aeroporto, e olhando a arquitetura surpreendentemente bonita do lugar, pegamos um transfer para nosso AirBnB. Só que, era domingo, e uma das nossas visitas planejadas só acontecia no domingo, ou seja, precisávamos cruzar a cidade de trêm para visitar San Telmo.

 

    Agora eu apresento aos leitores o melhor amigo de qualquer viajante para a argentina, o sistema Subte.


    Por Buenos Aires ser uma cidade relativamente pequena, esse metrô te leva pra qualquer lugar da cidade  extremamente rápido pela bagatela de 650 pesos, sair da CPTM, que leva múltiplas horas para te levar do ponto A ao ponto B e ir pra isso é um baita choque de realidade, eu jurava que trens e metrôs só levavam pessoas em longas distâncias.

    Mesmo assim, nem tudo é flores, pelo subte ser o sistema subterrâneo mais antigo da américa latina (suas linhas mais antigas são centenárias), dá pra ver o quão datado algumas linhas são. Nem todas tem o anunciante que diz onde você está, alguns trens são importados do japão dos anos 80, e em geral grande parte dos vagões que eu entrei estavam bastante sujos, principalmente na linha azul C, que pegamos para desembarcar em San Telmo.



    Talvez isso seja bastante vira-latista, mas que feirinha de rua charmosa! O lugar parece ter parado no passado, a arquitetura realmente remete a um lugar bem antigo, as barraquinhas vendem aquele tipo de tralha que só se encontra em feira de rua mesmo, e os sons do tango de rua misturados com a falação das pessoas traz aquela pitada de movimento urbano pro lugar.

     

    Também fomos pro mercado de San Telmo, não confundindo-o com a FEIRA de San Telmo, esse é um lugar coberto no mesmo bairro que é praticamente uma versão argentinificada do mercadão de Mogi das Cruzes, eu não filmei nada lá dentro por estar muito cheio, mas esse lugar ainda vai aparecer mais pra frente.

    Almoçamos empanadas com 7up, um refrigerante de limão que só vende por lá, e destronou sprite como o meu refri de limão favorito. E ele NÃO VENDE NO BRASIL, obrigado pepsi.

    Falando em pepsi, eu nunca tinha visto um país que gosta mais de pepsi do que coca cola tanto quanto a Argentina, talvez seja algo só dos lugares que eu visitei, mas a vermelhinha não tem poder nenhum lá.

                

 Resquícios de quando a pepsi ainda era uma marca radical...


    Depois disso, eu estava um casco do meu próprio sí, de tão desgastado que estava, então voltamos pro bairro em que nos hospedamos (palermo) e encostamos pelo dia. Eu vi a final da Eurocopa e dormi antes de começar a final da Copa América.

    E esse foi o meu primeiro dia.

    Um abraço pro cara que tava fazendo tag de UWU por San Telmo. Furries realmente estão em todo lugar.


    


Ainda fez de rosa pra deixar na cara... rs.


    Decidi dividir essa postagem em partes diferentes pra facilitar a leitura e deixar a escrita mais tranquila pra mim, então vou fechar a postagem agora, parte 2 em breve. Obrigado por ler.

 

 



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