19 de dezembro de 2023

Explicando o meu sistema de avaliação do RateYourMusic

 Grand Canyon, Niágara, Everest, K2, o que isso significa?

     
 
    Primeiramente, aos visitantes do meu site que vem do meu perfil do RYM, queria pedir desculpas pelo estado deplorável de feio em que esse blog se encontra atualmente, o layout do site é um WIP.
 
    O site permite que você coloque um pequeno trecho de texto embaixo de cada nota do seu sistema de avaliações, isso torna cada perfil um pouco mais distinto de outro, e é uma das minhas features preferidas do site.
    Quando montei o meu sistema de avaliações, escolhi definir cada nota como um lugar do planeta e os posicionei de acordo com a minha opinião sobre eles. Nessa postagem eu vou tentar explicar o que cada uma dessas ntoas tem a ver com os álbuns que eu escuto.
 
    Um padrão que pode se enxergar nessa lista além da descrição dos locais que eu vou dar está na elevação e temperatura desses pontos geográficos. Pra deixar claro, elevação baixa e quente é uma nota baixa, no nível do mar e ameno é uma nota ok, e Alto, Frio é de excelente qualidade em meus olhos.

Grand Canyon (0.5)
 
    Um gigantesco buraco no chão, um vazio, seco e sem vida. Não acho o grand canyon em si feio, mas acho que a sua aparência representa bem as obras que eu avalio como 0.5, músicas e projetos tão horrorosos que são equivalentes a um grande vazio no espaço, é um som sem significado, sem propósito, feito apenas com a intenção de fazer dinheiro e nada mais.
 
Sahara (1.0)
    Seco, vazio e entediante. nada extremamente ofensivo, mas é algo praticamente morto, um casco de lugar, inóspito e sem nada de interessante por onde os olhos alcançam, eu odeio todos os discos que caem aqui, mas não são como um tapa na cara quando eu os escuto.


 
 
Yellowstone (1.5)
    Yellowstone é super estimado pelo símples fato dele estar situado nos Estados Unidos, claro que ele tem sua importância histórica, mas eu ainda olho com um pouco de estranheza pra pessoas que falam que esse lugar é o mais bonito do mundo, tem aquele rio quente lá, mas 90% do seu território é um matagal, ele tem seus momentos bonitos, mas em geral é fácil de se esquecer.
 

 Niágara (2.0)
    As cataratas do Niágara são nada mais que uma grande cachoeira que fica congelada por 1/5 do ano, se eu quiser ver uma cachoeira eu vou pra Ubatuba e me divirto, não consigo imaginar fazer uma viagem só para ver essa catarata, o mesmo pensamento pode ser aplicado para os discos que eu avalio com essa nota, tem o seu charme em um nível mais simples, porém não é algo que eu sairia do meu caminho para escutar novamente.
Niagara Falls - Canada - Família Itinerante
 
Pulau Komodo (2.5)
    A ilha de Komodo é um dos lugares mais bizarros do planeta em meus olhos, a fauna da ilha é composta por Dragões e a sua geografia é extremamente única, com infinitos rios redondos cercados pelas pequenas serras que, as vezes remetem a planícies, e vezes remetem a pequenas montanhas na distância.
    Entretanto, o seu difícil acesso e perigo de visitar, em geral, me afasta um pouco da ilha, que nem um álbum 2.5, eu enxergo suas qualidades e belezas, mas acho que não é pra mim.
 
Ke Taman Nasional Komodo? Wajib Abadikan 6 Spot Instagenic Ini! - Indonesia  Travel
 
Vinh ha Long (3.0)
    A Baía de Ha Long no Vietnã é maravilhosa, parece a ilha do Aether na vida real, deve ser insano pegar um barco e velejar pelos rochedos num por do sol, mas, depois de um tempo, andar de barco dá enjoo e o sol começa a queimar a nuca. Assim como os discos nessa faixa de avaliação, tem seus bons momentos, mas a experiência em geral termina com um gosto agridoce, de algo que podia ter sido melhor do que é.
 
Du lịch vịnh Hạ Long - Vùng biển đảo CỰC PHẨM của Quảng Ninh
 
Baía de Guanabara (3.5)
    Existe alguém que não gosta da baía de Guanabara? É o arroz com feijão do turismo brasileiro, e, realmente, é um lugar maravilhoso, desde andar na orla da praia, afundar o pé nas areias douradas, até mergulhar na água cristalina, não tem como ODIAR a experiência, até eu, que não sou muito chegado em praia, consegui me divertir e aproveitar a linda praia de Ipanema. Discos a partir dessa faixa são todos bons, só não estão avaliados mais altos porque existem coisas melhores.
 
Despoluição da Baía de Guanabara para o Turismo do RJ | 100x Brasil
 
Everest (4.0)
    O monte Everest é o um lugar onde todos reconhecem sua grandiosidade, beleza e importância, mas que, com essa popularização perdeu um pouco de sua essência; não estou dizendo que os álbuns daqui só não são melhores por que são populares, e sim porque eles tem características excelentes, mas falta alguma coisa, uma característica, especialidade, alguma coisinha a mais que o torne único, talvez o disco tenha um começo forte e um final fraco, ou vice-versa, mas é como se com algumas mudanças, um álbum nessa faixa passe para a parte de excelência.

Monte Everest – Wikipédia, a enciclopédia livre
 
Annapurna III (4.5)
    Annapurna III, a montanha inescalável, o caminho sem volta, o cume do sudeste, pra mim essa montanha exemplifica a ingenuidade humana, a vontade de experimentar sem saber o que lhe aguarda do outro lado; os discos a partir daqui são aqueles que experimentam e sucedem, se aventuram e voltam pra contar a história, beirando a perfeição pelos mínimos detalhes, com uma execução do mais alto escalão. todos os álbuns que atingem essa nota tem extrema importância para a minha formação como pessoa e do meu gosto musical, seja por sua complexidade, simplicidade, letras intrínsecas ou instrumentais transcendentes. Para entender de onde vem o meu fascínio por uma montanha tão desconhecida, eu recomendo assistir o mini-documentário do falecido David Lama sobre a montanha.

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K2 (5.0)

    Eu ponderei por muito tempo que lugar eu deveria colocar aqui, e, justamente quando eu cheguei numa decisão, a palavra K2 começou a ser associada com uma droga sintética, e eu até considerei escolher nomes alternativos para evitar essa associação, mas nenhum é tão impactante quanto K2.
    Pra mim, K2 é o último obstáculo da humanidade, o segundo cume mais alto do planeta, mas o mais mortal, o mais temido e o mais mistificado entre os alpinistas. O K2 é tanto uma montanha quanto é entidade, um bicho selvagem, considerado a ascensão mais difícil do mundo, que chega a proporções estratosféricas, em ambos sentidos literal e figurativo, é muito mais do que um objeto físico presente apenas como é apresentado, é algo temido, mas também revenerado.
    Um álbum nessa nota supera o conceito de música e vira entidade pra mim, atingindo a mais pura e verdadeira perfeição, talvez seja hipérbole, mas os três álbuns que estão nessa nota (as of december 2023) são de importância imensurável pra mim, e são peças fundamentais para que eu pudesse me tornar na pessoa em que eu sou hoje.

K2 – Wikipédia, a enciclopédia livre
    
 
 

...Espero que esse post tenha ficado coerente, isso é meio difícil de explicar... De qualquer maneira, obrigado por ler, e até a próxima.

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